segunda-feira, 16 de setembro de 2024

𝐀 𝐏𝐑𝐎𝐁𝐋𝐄𝐌𝐀𝐓𝐈𝐂𝐀 𝐃𝐎 𝐂𝐎𝐍𝐂𝐄𝐈𝐓𝐎 𝐃𝐄 𝐓𝐄𝐒𝐇𝐔𝐕𝐀 𝐍𝐎 𝐌𝐎𝐕𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 𝐌𝐄𝐒𝐒𝐈𝐀𝐍𝐈𝐂𝐎 𝐄 𝐍𝐀𝐙𝐀𝐑𝐄𝐍𝐎 𝐍𝐎 𝐁𝐑𝐀𝐒𝐈𝐋

 𝐀 𝐏𝐑𝐎𝐁𝐋𝐄𝐌𝐀𝐓𝐈𝐂𝐀 𝐃𝐎 𝐂𝐎𝐍𝐂𝐄𝐈𝐓𝐎 𝐃𝐄 𝐓𝐄𝐒𝐇𝐔𝐕𝐀  𝐍𝐎 𝐌𝐎𝐕𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 𝐌𝐄𝐒𝐒𝐈𝐀𝐍𝐈𝐂𝐎 𝐄 𝐍𝐀𝐙𝐀𝐑𝐄𝐍𝐎 𝐍𝐎 𝐁𝐑𝐀𝐒𝐈𝐋

𝑷𝒐𝒓: 𝑴𝒐𝒓𝒆𝒉 𝑻𝒆𝒍𝒍𝒆𝒔 — 𝑬𝒛𝒓𝒂𝒉 𝑩𝒆𝒏 𝑶𝒓

𝐈𝐍𝐓𝐑𝐎𝐃𝐔𝐂ÃO

Nos últimos anos, o movimento messiânico e nazareno no Brasil tem atraído muitos cristãos que buscam uma 𝒓𝒆𝒄𝒐𝒏𝒆𝒙𝒂̃𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝒂𝒔 𝒔𝒖𝒂𝒔 "𝒓𝒂𝒊́𝒛𝒆𝒔 𝒋𝒖𝒅𝒂𝒊𝒄𝒂𝒔". 

🖐️ Para muitos, esse movimento representa uma forma de teshuvá, ou seja, um 𝐫𝐞𝐭𝐨𝐫𝐧𝐨 𝐚̀ 𝐟𝐞́ 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐘𝐞𝐬𝐡𝐮𝐚 𝐞 𝐝𝐨𝐬 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐝𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐣𝐮𝐝𝐞𝐮𝐬. Contudo, há uma confusão teológica significativa entre o conceito autêntico de teshuvá, 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒 𝑜 𝑗𝑢𝑑𝑎𝑖́𝑠𝑚𝑜, 𝑒 𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝑒́ 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑒𝑥𝑡𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑠𝑖𝑎̂𝑛𝑖𝑐𝑜.

𝐀 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑𝐏𝐑𝐄𝐓𝐀𝐂Ã𝐎

O problema central reside na interpretação de que teshuvá seria o 👉 𝒔𝒊𝒎𝒑𝒍𝒆𝒔 𝒂𝒕𝒐 𝒅𝒆 "𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂𝒓 𝒂̀𝒔 𝒓𝒂𝒊́𝒛𝒆𝒔 𝒋𝒖𝒅𝒂𝒊𝒄𝒂𝒔" 𝒐𝒖 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒂𝒓 𝒐 𝒄𝒓𝒊𝒔𝒕𝒊𝒂𝒏𝒊𝒔𝒎𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒂𝒅𝒐𝒕𝒂𝒓 𝒑𝒓𝒂́𝒕𝒊𝒄𝒂𝒔 𝒋𝒖𝒅𝒂𝒊𝒄𝒂𝒔, 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒐 𝒖𝒔𝒐 𝒅𝒐 𝒔𝒉𝒐𝒇𝒂𝒓, 𝒂 𝒄𝒆𝒍𝒆𝒃𝒓𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒅𝒂𝒔 𝒇𝒆𝒔𝒕𝒂𝒔 𝒃𝒊́𝒃𝒍𝒊𝒄𝒂𝒔 𝒆 𝒂 𝒐𝒃𝒔𝒆𝒓𝒗𝒂̂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒆 𝒎𝒂𝒏𝒅𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒅𝒂 𝑻𝒐𝒓𝒂́. 


👉No entanto, ao explorar profundamente os textos da tradição judaica, percebemos que teshuvá vai muito além de práticas exteriores ou de uma mudança de afiliação religiosa. Trata-se de um retorno espiritual ao estado de pureza e proximidade com D'us. Não se trata de adotar costumes culturais, mas de uma transformação interna.


𝑨𝒍𝒆𝒎 𝒅𝒊𝒔𝒔𝒐, 𝒐 𝒑𝒓𝒐𝒑𝒓𝒊𝒐 𝒋𝒖𝒅𝒂𝒊𝒔𝒎𝒐 𝒓𝒆𝒗𝒆𝒍𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒂 𝒊𝒅𝒆𝒊𝒂 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝒆𝒙𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒂𝒐 𝑻𝒆𝒔𝒉𝒖𝒗𝒂𝒉, 𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒕𝒓𝒊𝒕𝒂 𝒂𝒐 𝑱𝒖𝒅𝒆𝒖.


 👉 𝑁𝑎 𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑑𝑎𝑖𝑐𝑎, 𝑜 𝑗𝑢𝑑𝑒𝑢, 𝑡𝑒𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 𝑠𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑒𝑚 𝑠𝑢𝑎 𝑒𝑠𝑠𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 (𝑎𝑞𝑢𝑖 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑎𝑠 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑎 𝑜𝑟𝑖𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑙𝑚𝑎𝑠), 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑙𝑒 𝑝𝑒𝑐𝑎, 𝑒𝑙𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑠𝑎 𝑖𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑓𝑎𝑧𝑒𝑟 𝑇𝑒𝑠ℎ𝑢𝑣𝑎ℎ — 𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜, 𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑒 𝑎 𝑣𝑖𝑠𝑎𝑜 𝑗𝑢𝑑𝑎𝑖𝑐𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑛𝑣𝑜𝑙𝑣𝑒 𝑎 𝑒𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑜 𝑡𝑒𝑠ℎ𝑢𝑣𝑎ℎ.


Mas se formos flexibilizar a ideia de Teshuvah e ampliar sua compreensão, dado que Teshuvah se relaciona com a reconexão com o Criador, considerando que, D'us é a fonte de todas as almas, podemos assim dizer que, essa reconexão, foi feita por muitos, estando ainda no cristianismo. Mas, na mentalidade judaica, Teshuvah é restrita ao judeu.


𝐀𝐏𝐑𝐎𝐅𝐔𝐍𝐃𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐀 𝐀𝐁𝐎𝐑𝐃𝐀𝐆𝐄𝐌


👉 Este shiur visa esclarecer essa confusão ao abordar a 𝒗𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒏𝒂𝒕𝒖𝒓𝒆𝒛𝒂 𝒅𝒆 𝒕𝒆𝒔𝒉𝒖𝒗𝒂 𝒏𝒐 𝒋𝒖𝒅𝒂𝒊𝒔𝒎𝒐 𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂𝒔𝒕𝒂-𝒍𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒄𝒆𝒊𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒄𝒉𝒂𝒓𝒂𝒕𝒂 (𝒂𝒓𝒓𝒆𝒑𝒆𝒏𝒅𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐),uma distinção fundamental para entendermos como o judaísmo aborda o processo de retorno e reconexão com o Divino.


𝐎 𝐂𝐨𝐧𝐜𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐓𝐞𝐬𝐡𝐮𝐯𝐚


No judaísmo, teshuvá (תשובה) significa literalmente "retorno". 𝐍𝐚𝐨 𝐬𝐞 𝐫𝐞𝐟𝐞𝐫𝐞 𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐮𝐝𝐚𝐧𝐜𝐚 𝐞𝐱𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚, 𝐦𝐚𝐬 𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐣𝐨𝐫𝐧𝐚𝐝𝐚 𝐞𝐬𝐩𝐢𝐫𝐢𝐭𝐮𝐚𝐥 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐫𝐞𝐬𝐭𝐚𝐮𝐫𝐚𝐫 𝐚 𝐫𝐞𝐥𝐚𝐜ã𝐨 𝐢𝐧𝐭𝐢𝐦𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐃'𝐮𝐬.


 𝐎 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐭𝐨𝐫𝐧𝐨 𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐞𝐦𝐛𝐮𝐭𝐢𝐝𝐨 𝐧𝐚 𝐢𝐝𝐞𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐬𝐞𝐫 𝐡𝐮𝐦𝐚𝐧𝐨, 𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐨 𝐩𝐨𝐯𝐨 𝐣𝐮𝐝𝐞𝐮, 𝐣𝐚 𝐩𝐨𝐬𝐬𝐮𝐢 𝐮𝐦𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐞𝐱𝐚𝐨 𝐞𝐬𝐬𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐞 𝐢𝐧𝐚𝐭𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐃'𝐮𝐬.  Ao errar, essa conexão não é cortada, mas obscurecida. O ato de teshuvá é, portanto, a remoção dos obstáculos que bloqueiam essa conexão, permitindo que a essência divina da pessoa seja revelada novamente.


𝐀 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐭𝐞𝐬𝐡𝐮𝐯𝐚 𝐧ã𝐨 𝐞 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐚𝐛𝐚𝐧𝐝𝐨𝐧𝐚𝐫 𝐨 𝐜𝐫𝐢𝐬𝐭𝐢𝐚𝐧𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐞𝐦 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫 𝐝𝐨 𝐣𝐮𝐝𝐚í𝐬𝐦𝐨; 𝐞 𝐮𝐦 𝐫𝐞𝐭𝐨𝐫𝐧𝐨 𝐚𝐨 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐞𝐬𝐩𝐢𝐫𝐢𝐭𝐮𝐚𝐥 𝐩𝐮𝐫𝐨 𝐞 𝐚𝐮𝐭ê𝐧𝐭𝐢𝐜𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐣á 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐣𝐮𝐝𝐞𝐮— 𝐞𝐬𝐬𝐞 é 𝐨 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐝𝐨 𝐣𝐮𝐝𝐚𝐢𝐜𝐨 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐞𝐢𝐭𝐨


Por essa razão, os sábios afirmam que mesmo os maiores transgressores podem retornar a D'us por meio de teshuvá (Pirkei Avot 4:2).


 É claro que o amadurecimento da emunah pode dificultar-se,, tendo em vista as distorções teológicas que envolve o cristianismo, além da profanação de diversos elementos sagrados, assim como princípios bíblicos e judaicos mal compreendidos. Mas mesmo um líder evangélico, com a orientação certa, pode chegar a este estado de amadurecimento acerca das verdades espirituais da Torah. 


Um exemplo disso é o trabalho realizado com o Rav  Ytzchak Shaphira, trabalho denominado de Pastor Kosher. (Pesquise sobre o assunto)


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Quero ressaltar, ainda, que a teologia judaica messiânica no Brasil é mais destrutiva a saúde espiritual, dado a falta de compreensão da filosofia judaica, por parte de muitos "rabinos", que nada mais são que ex pastores, fizeram um curso rápido e se autoconsagraram  a rabino (Se deram a semichá).


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𝐎 𝐑𝐚𝐦𝐛𝐚𝐦 (𝐌𝐚𝐢𝐦ô𝐧𝐢𝐝𝐞𝐬) 𝐞𝐦 𝐬𝐮𝐚𝐬 𝐇𝐢𝐥𝐜𝐡𝐨𝐭 𝐓𝐞𝐬𝐡𝐮𝐯á (𝐋𝐚𝐰𝐬 𝐨𝐟 𝐑𝐞𝐩𝐞𝐧𝐭𝐚𝐧𝐜𝐞) 𝐞𝐧𝐬𝐢𝐧𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐭𝐞𝐬𝐡𝐮𝐯á 𝐞𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐞 𝐪𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨 𝐞𝐭𝐚𝐩𝐚𝐬 𝐟𝐮𝐧𝐝𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐢𝐬:


(1) 𝐴𝑏𝑎𝑛𝑑𝑜𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑐𝑎𝑑𝑜: 𝐴 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 𝑑𝑒𝑣𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑟𝑜𝑚𝑝𝑒𝑟 𝑖𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑔𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜.


(2) 𝐴𝑟𝑟𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑠𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑜 (𝑐ℎ𝑎𝑟𝑎𝑡á): 𝐴𝑞𝑢𝑖 𝑠𝑢𝑟𝑔𝑒 𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑎𝑟𝑎𝑡á, 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 𝑑𝑒𝑣𝑒 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑟 𝑢𝑚 𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑟𝑟𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜.


(3) 𝐶𝑜𝑛𝑓𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑏𝑎𝑙 (𝑣𝑖𝑑𝑢𝑖): 𝐸𝑥𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑟 𝑜 𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑑𝑖𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝐷'𝑢𝑠.


(4) 𝑇𝑜𝑚𝑎𝑟 𝑎 𝑓𝑖𝑟𝑚𝑒 𝑑𝑒𝑐𝑖𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑛ã𝑜 𝑟𝑒𝑝𝑒𝑡𝑖𝑟 𝑜 𝑒𝑟𝑟𝑜: 𝑈𝑚 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑜𝑚𝑒𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑓𝑢𝑡𝑢𝑟𝑜.

𝐷𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎, 𝑡𝑒𝑠ℎ𝑢𝑣á 𝑎𝑏𝑟𝑎𝑛𝑔𝑒 𝑛ã𝑜 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑎 𝑚𝑢𝑑𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜, 𝑚𝑎𝑠 𝑜 𝑟𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑎 𝑢𝑚 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟.


𝐂𝐡𝐚𝐫𝐚𝐭á: 𝐎 𝐀𝐫𝐫𝐞𝐩𝐞𝐧𝐝𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐒𝐢𝐧𝐜𝐞𝐫𝐨


Diferente de teshuvá, o termo charatá (חרטה) refere-se ao arrependimento propriamente dito. Charatá envolve a dor emocional e a tristeza por ter cometido uma transgressão. Esse é o reconhecimento do erro e o desejo de não mais repeti-lo. Embora charatá seja um elemento central no processo de teshuvá, eles não são sinônimos.


Charatá pode ser vista como uma emoção mais reativa: o indivíduo se arrepende porque percebe o erro que cometeu e sente culpa ou vergonha. No entanto, esse arrependimento, por si só, não é suficiente para reparar o relacionamento espiritual com D'us. É apenas uma parte do processo.


Já teshuvá, por outro lado, envolve uma reconexão mais profunda, um verdadeiro retorno ao núcleo espiritual que estava adormecido. Quando alguém faz teshuvá, ele não apenas reconhece o erro, mas retorna à sua verdadeira essência, à pureza original de sua alma.


𝐀 𝐂𝐨𝐧𝐟𝐮𝐬ã𝐨 𝐧𝐨 𝐌𝐨𝐯𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐌𝐞𝐬𝐬𝐢â𝐧𝐢𝐜𝐨

Muitos no movimento messiânico e nazareno confundem o retorno às "raízes judaicas" com o conceito de teshuvá. No entanto, mudar práticas religiosas ou começar a observar costumes judaicos externos não é equivalente ao retorno espiritual que o judaísmo tradicional prega. Teshuvá não é sobre adotar a cultura judaica, mas sim sobre retornar à nossa essência espiritual e nos reconectar a D'us.


Esse erro teológico pode ser esclarecido ao entendermos que o conceito de teshuvá no judaísmo está diretamente relacionado ao relacionamento exclusivo e íntimo que D'us estabeleceu com o povo de Israel. Esse relacionamento é espiritual e não cultural. Mesmo quando um judeu se desvia do caminho da Torá, a porta da teshuvá está sempre aberta, pois D'us deseja que ele retorne ao Seu propósito original.


𝐄𝐱𝐞𝐦𝐩𝐥𝐨𝐬 𝐁í𝐛𝐥𝐢𝐜𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐓𝐞𝐬𝐡𝐮𝐯á 𝐞 𝐂𝐡𝐚𝐫𝐚𝐭á


Aqui estão alguns exemplos de passagens bíblicas que ilustram o conceito de teshuvá e charatá:


𝑫𝒆𝒖𝒕𝒆𝒓𝒐𝒏ô𝒎𝒊𝒐 30:2 – "𝑬 𝒕𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒆𝒓𝒕𝒆𝒓á𝒔 𝒂𝒐 𝑺𝒆𝒏𝒉𝒐𝒓 𝒕𝒆𝒖 𝑫'𝒖𝒔, 𝒆 𝒐𝒃𝒆𝒅𝒆𝒄𝒆𝒓á𝒔 à 𝑺𝒖𝒂 𝒗𝒐𝒛, 𝒄𝒐𝒏𝒇𝒐𝒓𝒎𝒆 𝒕𝒖𝒅𝒐 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒆 𝒐𝒓𝒅𝒆𝒏𝒐 𝒉𝒐𝒋𝒆, 𝒕𝒖 𝒆 𝒕𝒆𝒖𝒔 𝒇𝒊𝒍𝒉𝒐𝒔, 𝒅𝒆 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒐 𝒕𝒆𝒖 𝒄𝒐𝒓𝒂çã𝒐 𝒆 𝒅𝒆 𝒕𝒐𝒅𝒂 𝒂 𝒕𝒖𝒂 𝒂𝒍𝒎𝒂." (𝑻𝒆𝒔𝒉𝒖𝒗á)


𝑶𝒔é𝒊𝒂𝒔 14:2 – "𝑽𝒐𝒍𝒕𝒂, Ó 𝑰𝒔𝒓𝒂𝒆𝒍, 𝒂𝒐 𝑺𝒆𝒏𝒉𝒐𝒓 𝒕𝒆𝒖 𝑫'𝒖𝒔, 𝒑𝒐𝒓𝒒𝒖𝒆 𝒄𝒂í𝒔𝒕𝒆 𝒑𝒆𝒍𝒂 𝒕𝒖𝒂 𝒊𝒏𝒊𝒒𝒖𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆." (𝑻𝒆𝒔𝒉𝒖𝒗á)


𝑺𝒂𝒍𝒎𝒐𝒔 51:4 – "𝑪𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂 𝑻𝒊, 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂 𝑻𝒊 𝒔𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒑𝒆𝒒𝒖𝒆𝒊, 𝒆 𝒇𝒊𝒛 𝒐 𝒒𝒖𝒆 é 𝒎𝒂𝒖 𝒂𝒐𝒔 𝑻𝒆𝒖𝒔 𝒐𝒍𝒉𝒐𝒔, 𝒅𝒆 𝒎𝒂𝒏𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒓á𝒔 𝒕𝒊𝒅𝒐 𝒑𝒐𝒓 𝒋𝒖𝒔𝒕𝒐 𝒏𝒐 𝑻𝒆𝒖 𝒇𝒂𝒍𝒂𝒓 𝒆 𝒑𝒖𝒓𝒐 𝒏𝒐 𝑻𝒆𝒖 𝒋𝒖𝒍𝒈𝒂𝒓." (𝑪𝒉𝒂𝒓𝒂𝒕á)


𝑱𝒆𝒓𝒆𝒎𝒊𝒂𝒔 3:12 – "𝑽𝒐𝒍𝒕𝒂, ó 𝒓𝒆𝒃𝒆𝒍𝒅𝒆 𝑰𝒔𝒓𝒂𝒆𝒍, 𝒅𝒊𝒛 𝒐 𝑺𝒆𝒏𝒉𝒐𝒓, 𝒆 𝒏𝒂̃𝒐 𝒇𝒂𝒓𝒆𝒊 𝒄𝒂𝒊𝒓 𝒂 𝑴𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒊𝒓𝒂 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒕𝒊, 𝒑𝒐𝒓𝒒𝒖𝒆 𝑬𝒖 𝒔𝒐𝒖 𝒎𝒊𝒔𝒆𝒓𝒊𝒄𝒐𝒓𝒅𝒊𝒐𝒔𝒐." (𝑻𝒆𝒔𝒉𝒖𝒗á)


𝑰𝒔𝒂í𝒂𝒔 55:7 – "𝑫𝒆𝒊𝒙𝒆 𝒐 𝒑𝒆𝒓𝒗𝒆𝒓𝒔𝒐 𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒄𝒂𝒎𝒊𝒏𝒉𝒐, 𝒆 𝒐 𝒊𝒏𝒊́𝒒𝒖𝒐 𝒐𝒔 𝒔𝒆𝒖𝒔 𝒑𝒆𝒏𝒔𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔; 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒆-𝒔𝒆 𝒂𝒐 𝑺𝒆𝒏𝒉𝒐𝒓, 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒂𝒅𝒆𝒄𝒆𝒓á 𝒅𝒆𝒍𝒆, 𝒆 𝒂𝒐 𝒏𝒐𝒔𝒔𝒐 𝑫'𝒖𝒔, 𝒑𝒐𝒓𝒒𝒖𝒆 é 𝒈𝒆𝒏𝒆𝒓𝒐𝒔𝒐 𝒆𝒎 𝒑𝒆𝒓𝒅𝒐𝒂𝒓." (𝑻𝒆𝒔𝒉𝒖𝒗á 𝒆 𝑪𝒉𝒂𝒓𝒂𝒕á)


Conclusão

Neste shiur, esclarecemos que teshuvá no judaísmo é um conceito muito mais profundo do que simplesmente retornar a práticas religiosas judaicas. Envolve uma jornada de retorno à essência divina que existe dentro de cada ser humano. Charatá é um elemento importante desse processo, mas é apenas o início. A verdadeira teshuvá vai além do arrependimento e leva a uma reconexão profunda com D'us.


O movimento messiânico e nazareno, ao confundir teshuvá com a adoção de práticas judaicas externas, perde de vista a profundidade espiritual que o termo carrega na tradição judaica. Este shiur é um convite para refletirmos sobre o que significa realmente retornar a D'us, não em termos de cultura ou prática, mas de essência e alma.


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