quarta-feira, 29 de outubro de 2025

📰 Yeshua de Nazaré: O Messias Legítimo e as Duas Vindas

📰 Yeshua de Nazaré: O Messias Legítimo e as Duas Vindas

Por: Flávio da Silveira Telles


O debate sobre a Messianidade de Yeshua se arrasta por dois milênios. Enquanto milhões o aclamam como Salvador, o Judaísmo Ortodoxo majoritário o desqualifica, argumentando que ele falhou em cumprir profecias essenciais — como a paz mundial e a reconstrução do Templo. Essa desqualificação, muitas vezes acompanhada de difamação, ignora a própria natureza do Messias nas Escrituras Hebraicas.

É hora de legitimar Yeshua, não apenas como um grande rabino, mas como o Mashiach (Messias) autêntico, um judeu fiel e o único que pode completar o plano de redenção.


1. Yeshua: O Judeu Autêntico e o Cumpridor da Torá

O Judaísmo Ortodoxo, ao desqualificar Yeshua como um falso profeta, geralmente o faz com base em alegações de que ele quebrou a Torá ou buscou fundar uma nova religião. No entanto, o Novo Testamento, lido à luz do contexto judaico, revela o contrário:

  • Fidelidade à Lei: Yeshua afirmou: "Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir." (Mateus 5:17).

  • A Batalha era contra as Tradições Humanas: Seus conflitos com os líderes religiosos eram sobre as Halaquot (tradições rabínicas) que anulavam a Torá (como a lavagem ritual das mãos ou o Corban), e não contra os mandamentos de Deus. Ele restaurou o sentido original e haláchico (legal) da Torá.

  • Identidade Judaica: Ele foi circuncidado, observou as Festas (Páscoa, Sucot), ensinou nas sinagogas e Seu ministério se concentrou, inicialmente, na "casa perdida de Israel". Yeshua foi um Rabino Judeu que viveu e morreu sob a Lei.

A Questão do Talmude e a Difamação

Embora seja verdade que a rejeição judaica a Yeshua se fundamente na não realização dos critérios messiânicos (como a paz mundial), é inegável que o Talmude e a literatura rabínica posterior contêm passagens que difamam Yeshua.

Acesse:


Nota Crítica: Os textos rabínicos referem-se a Yeshua com desdém, chegando a sugerir que ele praticava feitiçaria ou que foi executado por heresia. Essas passagens, escritas em um contexto de intensa perseguição e conflito teológico com o Cristianismo imperial, representam uma reação histórica defensiva e polemista, e não uma avaliação bíblica ou profética objetiva. Tais textos rabínicos não anulam as profecias do Tanakh.

2. A Chave Messiânica: O Messias em Duas Vindas

A principal objeção judaica é que Yeshua não trouxe a paz universal e não reconstruiu o Templo. Essa objeção é válida apenas se ignorarmos a complexidade do Messias nas próprias Escrituras Hebraicas.

O Tanakh apresenta duas figuras messiânicas aparentemente contraditórias:

Profecia de RedençãoYeshua na Primeira Vinda (Humilhação)Yeshua na Segunda Vinda (Glória)
Mashiach Ben Yosef (Messias, Filho de José)O Servo Sofredor (Isaías 53). Humilhado, rejeitado, e morto.
Mashiach Ben David (Messias, Filho de Davi)O Rei Glorioso (Isaías 11). Quebra o poder do mal, governa o mundo e traz paz.

O povo judeu esperava, e continua a esperar, apenas o Messias Glorioso (Ben David). A tragédia de Israel foi a indignidade em reconhecer e receber o Messias Sofredor (Ben Yosef), cuja missão era sofrer, morrer e ressuscitar para expiar os pecados da nação e da humanidade (Isaías 53:5).

  • Israel Digno: Se Israel tivesse se arrependido e recebido o Messias em sua primeira vinda, a Era Messiânica (a Vinda em Glória) poderia ter se manifestado imediatamente, em poder.

  • Israel Indigno: Como o povo, em sua maioria, não reconheceu o Messias Sofredor, as profecias de redenção política e paz mundial foram adiadas até Sua Segunda Vinda (Vinda em Glória).

3. A Ressurreição como Garantia do Cumprimento Final

A ressurreição de Yeshua (o Messias Sofredor) é a garantia de que Ele voltará como o Messias Glorioso. A morte e ressurreição cumpriram o requisito do Servo Sofredor; o retorno em glória cumprirá todos os requisitos restantes:

  • Paz Mundial: Ele voltará para reinar a partir de Sião e estabelecer a paz (Isaías 2:4).

  • Congregação de Israel: Ele reunirá todo o remanescente judeu disperso.

  • Templo: Ele reinará a partir de Jerusalém, e o Templo, em sua forma final (o Terceiro Templo profético), será estabelecido sob Seu domínio.

A desqualificação de Yeshua como Mashiach por parte do Judaísmo Ortodoxo não desqualifica Yeshua, mas demonstra uma leitura incompleta da profecia, focando apenas na glória futura e ignorando o sofrimento expiatório necessário que deveria ter precedido essa glória.

Yeshua é o Messias autêntico que já cumpriu a parte mais difícil da missão (a redenção pelo sangue), e Ele voltará em glória para completar a parte política e universal da redenção.

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