O Judaísmo e as Alegações de Machismo – Entendendo a Tradição e suas Razões
Por: Moreh Flávio Telles
Introdução
A percepção de que o judaísmo é "machista" frequentemente surge do desconhecimento das razões por trás de determinadas práticas e tradições. Muitas críticas são baseadas em interpretações superficiais de textos ou práticas sem o devido contexto histórico, cultural e espiritual.
Neste estudo, abordaremos algumas dessas alegações, como a bênção na Tefilá "por não ter sido criado mulher" ( shelo asani ishá ), e explicaremos o papel das regras sociais antigas e como compreendê-las nos dias atuais.
1. A Bênção "Shelo Asani Isha"
1.1. Contexto e Significado
1.2. A Bênção Feminina
2. Regras Sociais Antigas: Um Contexto Necessário
As regras sociais do judaísmo antigo foram moldadas por uma realidade histórica em que papéis distintos entre homens e mulheres garantiam a sobrevivência e continuidade do povo judeu. Por exemplo:
- A educação dos filhos recaía prioritariamente sobre a mulher, que era vista como guardiã da espiritualidade no lar.
- As responsabilidades públicas e militares eram, em geral, dos homens.
2.1. Relevância Atual
Embora essas regras tenham origem em um contexto específico, o judaísmo contemporâneo busca equilibrar a tradição com a modernidade. As mulheres assumem papéis significativos em comunidades, estudos e liderança, sem abandonar suas contribuições únicas no âmbito espiritual.
3. Halachá: Um Processo de Construção e Evolução
A Halachá, ou lei judaica, não é estática, mas resulta de séculos de debate e interpretação. Cada mandamento e prática reflete uma sabedoria profunda e é sujeito a ajustes contextuais.
- Exemplo: A prática de separar homens e mulheres nas sinagogas (mechitzá). Embora pareça antiquada para alguns, ela é fundamentada na intenção de garantir foco na oração e evitar distrações.
Compreendendo o Judaísmo em sua Essência
O judaísmo enxerga homens e mulheres como complementares, não concorrentes. Textos como Provérbios 31, que exaltam a "mulher virtuosa", demonstram a reverência à feminilidade. Em hebraico, a palavra para "lar" ( bayit ) está ligada à mulher, destacando sua centralidade na vida espiritual da família.
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